sexta-feira, 27 de junho de 2014

Padrões de Candlesticks altistas e baixistas

Irei apresentar alguns modelos de padrões reversão, altistas e baixistas de candlesticks. É uma breve descrição pois existem muitos padrões, cada um com sua característica. Para um entendimento melhor, recomendo a leitura de livros específicos sobre os mesmos, tal como o livro Operações Lucrativas com Candlestick, de Stephen Bigalow.

Martelo

É um sinal de fundo muito comum, representado por um candle em formato parecido com um martelo, caracterizado por uma abertura e posterior queda, apresentando melhora até o final do período, conseguindo um fechamento próximo da abertura. Nestes casos o corpo real do candle pode ser até um terço do tamanho total do candle e necessita de confirmação através de uma nova barra de alta no período seguinte com fechamento acima da máxima do martelo. É também importante que não haja pavio superior, ou que este seja muito pequeno. Por ser um sinal de fundo é necessário que ele esteja após algum movimento de queda, mesmo que seja somente uma realização dentro de uma tendência de alta.


Shooting star

Sua apresentação é muito parecida com a do martelo, porém invertida Ela é um sinal de topo, caracterizada por um mercado que se desenvolveu para cima após a abertura e voltou fechando próximo a este valor de início de negociação no período. Essa formação também necessita de confirmação, com um fechamento no período seguinte abaixo da mínima do período do shooting star. Não pode apresentar pavio inferior, mas, se apresentar, este precisa ser muito pequeno.



Enforcado

A configuração gráfica do candle é idêntica ao martelo, só que ele se encontra em uma região de topo e a confirmação se dá com um fechamento no período seguinte abaixo da mínima do enforcado.


Martelo invertido

Sua configuração gráfica é a mesma do shooting star, porém esta figura se apresenta como um sinal de fundo. A confirmação se dá através de um fechamento do período seguinte acima da máxima do martelo invertido.


Engolfo

Os engolfos de fundo (bullish engulfing) são compostos por um dia com fechamento abaixo da abertura e devem se localizar no fundo de uma seqüência de quedas. O dia seguinte deve ter uma abertura abaixo do fechamento do dia anterior e o novo fechamento acima da abertura deste. Ou seja, os corpos reais dos dois candles têm cores diferentes e o primeiro está totalmente dentro do corpo do segundo. Engolfos de topo (bearish engulfing) têm a mesma formatação dos engolfos de fundo, simplesmente com as indicações e direções opostas, como o ocorrido em uma região de topo, com o primeiro dia de alta e o segundo de baixa.


Piercing

É um sinal de fundo parecido com o engolfo de fundo, com a diferença que a alta do segundo dia não supera a abertura do primeiro. O primeiro dia apresenta um fechamento abaixo da abertura, enquanto o segundo abre com um gap de queda e sua recuperação vai até a região intermediária do corpo real do candle do primeiro dia. Sua localização também é no fim de um processo de queda, precisando ainda de um fechamento do pregão posterior acima da abertura do primeiro dia, para caracterizar a confirmação do sinal de fundo.


Estrelas

São clássicos sinais de indefinição, e podem se transformar em sinais de topos ou fundos. Sua particularidade é um fechamento igual (padrão chamado de dojis ou muito próximo ao valor da abertura (spinning tops), podendo ter ocorrido um movimento para cima e/ou para baixo durante o período. Esses sinais representam uma briga igualitária entre papéis comprados e vendidos dentro do período, e podem passar a representar mudanças de direção do mercado a partir de um novo fechamento acima de sua máxima (caso esteja em um fundo) ou abaixo de sua mínima (caso esteja em um topo). Os spinning tops têm a mesma funcionalidade dos dojis. Estes dojis têm nomes específicos quando se transformam em sinais de topos ou fundos, chamados de estrela da noite quando sinais de topo e estrela da manhã quando sinais de fundo. Em relação ao posicionamento da abertura e fechamento quanto ao desenrolar do período, os dojis possuem dois casos mais específicos e com nomes próprios: são as lápides, onde a abertura, o fechamento e a mínima do dia são no mesmo valor e têm a mesma funcionalidade que os shooting stars ou martelos invertidos. O outro caso particular são os dragões voadores, onde a abertura, o fechamento e a máxima do dia têm o mesmo valor, ou valores bem próximos. Sua funcionalidade é a mesma dos martelos ou enforcados.


Harami


Outra configuração que pode ser indicativo de um sinal de topo ou fundo, dependendo de sua localização no gráfico. Sua consistência gráfica no harami de fundo é representada por um período de fechamento inferior à abertura, com o período seguinte apresentando uma abertura em alta e o fechamento abaixo da máxima do pregão anterior. Com essa apresentação o corpo real do segundo período passa a se encontrar totalmente inserido dentro do corpo real do período anterior. O padrão necessita de uma confirmação no período seguinte com um fechamento acima da máxima do primeiro período do harami. A configuração do harami de topo é exatamente simétrica a observada em sinais de fundo, precisando também de uma confirmação.



Como disse no início do post, esses são alguns padrões de reversão, confirmação altista e baixista de preços. No próximo post, falarei sobre alguns indicadores.

Dúvidas ou sugestões, favor encaminhar para franck.lima@live.com. Continuem acompanhando o blog e até a próxima !!!


terça-feira, 24 de junho de 2014

Candlesticks

Candlestick é o nome de uma técnica de análise gráfica de mercado, criada no Japão em meados do século XVIII, nas antigas bolsas de arroz de Osaka.

No século XVIII os japoneses desenvolveram um método de análise técnica para analisar os preços de contratos futuros de arroz.

O arroz era a riqueza e os fazendeiros de todo o Japão, podiam mandar sacas de arroz que eram mantidas em armazéns, em troca, recebiam um cupom representativo do valor, o qual poderia ser vendido a qualquer momento. Apenas na bolsa Dojima operavam cerca de 1300 traders de arroz.

Candlestick é o nome ocidentalizado (em inglês), pelo qual esta técnica se tornou conhecida no mundo inteiro. Foi trazida ao ocidente pelo americano Steve Nison, investidor de Wall Street.

Atribui-se a Munehisa Honma o maior desenvolvimento desta técnica de análise. Ele não via a necessidade de se fazer presente em Osaka, comunicava as intruções de compra e venda por mensageiros. Diz a lenda que conseguiu 100 trades consecutivos vitoriosos. De suas teorias evoluiram as técnicas de candlestick que hoje são utilizadas e pesquisadas em todo o mundo.

O termo Candlestick (candelabro em inglês) se deve ao fato de os elementos gráficos utilizados na representação dos preços praticados pelo mercado lembrarem velas, distribuídas sobre a área do gráfico.

A análise se faz através da identificação de "figuras" formadas pelos "candles" (velas) em determinado ponto da tendência de mercado. Os padrões de candles são úteis para um alarme antecipado de futuros movimentos dos preços, além de sevirem também como sinalizadores de suportes e resistências. Também são úteis para sinalizar mercado sobrevendido ou sobrecomprado.

Existem operadores que utilizam somente estes padrões para seus trades, porém recomenda-se seu uso em complemento a outros indicadores técnicos.

O principal objetivo da Análise Técnica por meio de candlesticks é prever mudanças nos movimentos de preços de um ativo, de modo a identificar o melhor momento para comprá-lo ou vendê-lo.

Segundo a teoria dos Candlesticks as mudanças nos movimentos dos preços, ou reversões de tendências, pode ser prevista por meio da disposição dos candles, quando estes formam certos padrões conhecidos. A formação dos padrões, ou sinais, de reversão ocorre devido a fatores psicológicos e emocionais dos operadores do mercado.

O candlestick representa graficamente a variação de preços de um determinado ativo em uma unidade de tempo, nele estão representados:

Cotação de abertura - é o preço pelo qual foi fechado o primeiro negócio do intervalo.
Cotação de fechamento - é o preço pelo qual foi fechado o último negócio do intervalo.
Cotação máxima do dia - é o maior preço negociado no intervalo.
Cotação mínima do dia - é o menor preço negociado no intervalo.



No próximo post, falarei sobre alguns padrões altistas e baixistas de candlesticks.

Dúvidas e sugestões, favor encaminharem email para franck.lima@live.com

sábado, 21 de junho de 2014

Suportes e Resistências

Neste post irei falar um pouco sobre suportes e resistências.

SUPORTE em análise técnica define uma área do mercado abaixo do nível em que o mercado está negociando no presente momento na qual a pressão compradora supera a pressão vendedora. Como resultado disto, a queda é interrompida e os preços voltam a subir.



RESISTÊNCIA é o oposto de suporte, ou seja, é uma região do gráfico acima do nível em que o mercado está negociando no presente momento na qual a pressão vendedora supera a pressão compradora, ou, em termos mais técnicos, a pressão da oferta supera a pressão da demanda.



O modo de identificação de um suporte (resistência) passa em grande parte pela identificação de antigos fundos (topos). Para se discutir isto deve-se voltar a um ponto anterior. Como já foi dito, o mercado não se move de uma forma linear e sim é composto de “topos” e “fundos” que, pela sua direção, compõem uma tendência maior. Estas mesmas ondas se subdividem em oscilações de ainda menor prazo e amplitude. Os fundos dos movimentos anteriores permitem identificar previamente regiões no gráfico nas quais tende haver um aumento da demanda, o inverso ocorrendo nos topos anteriores. Numa tendência de alta os níveis de resistência representam pausas dentro desta tendência e tendem a ser superados num momento seguinte. Numa tendência de baixa, níveis de suporte também não são capazes geralmente de reverter a tendência mas são capazes de interrompê-la por algum tempo. Volta-se aqui a discussão sobre tendência. Para que uma tendência de alta continue, cada fundo que se sucede deve estar em plano mais alto do que o fundo anterior. Cada movimento de alta, ou rally como também é conhecido, supera o topo formado anteriormente. Se uma correção técnica da tendência de alta desce até o fundo formado no movimento anterior, isto pode ser um sinal de que a tendência de alta está revertendo-se ou se transformando de uma tendência de alta para uma tendência neutra. Se o nível de suporte foi quebrado, uma reversão da tendência de alta para a tendência de baixa torna-se provável.



Cada vez que o nível anterior de resistência é testado, a tendência de alta se encontra em uma região crítica. A incapacidade dos preços quebrarem essa resistência, ou, em uma tendência de baixa, quebrarem um suporte, é normalmente um dos primeiros sinais de que a tendência está mudando para neutra ou então revertendo.



Um dos aspectos interessantes dos suportes e resistências é a sua mudança de um para o outro no caso de sua quebra. Um suporte, após ser quebrado pelo fechamento transforma-se em resistência e vice-versa. Esta reversão, no entanto, tem uma força menor e deve ser encarado mais para o curto prazo. Deve ser enfatizado aliás o aspecto de psicologia de mercado que leva a sua feitura. Suportes e resistências existem pela lembrança que o mercado tem destes pontos significativos embora, é óbvio, exista também o aspecto de real aumento de demanda e oferta em certos níveis de preços.



Por esta série de características, suportes e resistências nos mercados são geralmente tanto mais fortes quanto mais recentes forem. Isto deve ser contrabalançado porém Outras características que devem ser consideradas:

  • Quanto mais tempo os preços negociam próximos deste nível, mais relevante se torna a resistência ou o suporte. Se os preços negociam em uma faixa de congestão durante algumas semanas por exemplo, a quebra do suporte ou da resistência formada neste período assume uma importância significativa, em contraste, a quebra do suporte de um movimento de três dias é bem menos relevante.
  • Um grande volume de negócios num determinado nível de suporte ou resistência é um bom indicador de sua relevância, já que assinala que neste nível surge um interesse redobrado de negociação constituindo, por conseguinte, este nível uma real “barreira” para os preços.



Quando temos um mercado que anda dentro de dois trend lines paralelos, com toques respeitados em cima e embaixo, dizemos que temos um canal. A linha de cima de um canal chama-se “resistência”, e a de baixo “suporte”.



No próximo post, falarei um pouco sobre Candlesticks.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Tendência



Tendências e Linhas de Tendência

O conceito de tendência é o princípio básico da análise técnica. Todos os instrumentos e análises, com suas formações, linhas, indicadores, etc... visam determinar qual a direção do mercado, as suas correções de meio de percurso e as reversões de tendência. De um modo geral, tendência é exatamente isto, ou seja, a direção do mercado.

Existem três tendências: altista, baixista e neutra. Com relação ao tempo, existem também três tipos de tendências: tendências de longo prazo, médio prazo e de curto prazo.De modo geral, no mercado futuro, trabalha-se essencialmente com as duas últimas.

Charles H. Dow, que foi o primeiro a propor o conceito de tendência, preocupava-se essencialmente com as duas primeiras, visto que estava voltado para o mercado acionário no qual não existe o princípio de alavancagem. Ele comparava os diferentes tipos de tendência aos movimentos do mar, com as suas marés, ondas e cristas.

Quando a maré está subindo, cada onda que quebra, quebra um pouco mais alto que a outra e depois recua. Assim, se pusermos um bastão assinalando o ponto máximo atingido pela onda, em pouco tempo saberemos se a maré é montante ou vazante, demorando-se um pouco mais a se perceber a tendência quando da reversão de uma para a outra.
As tendências de curto prazo, ou seja, diárias ou de poucas semanas, para Dow, se comparavam às cristas, não tendo portanto maior relevância. Nos mercados futuros isto muda um pouco. Além destes conceitos a teoria de Dow diz que:

  •  As médias levam tudo em consideração, ou seja, todos os fatores tanto de demanda como os de oferta quanto as expectativas que existem no mercado estão já embutidas no valor da média (no caso o índice Dow-Jones da Bolsa de New York). A qualquer momento o preço de mercado é o valor correto pois senão haveria variação imediata daquele, pela entrada de novos participantes no mercado.
  • As tendências de longo prazo tem três fases:
  1. A primeira é a fase da acumulação, na qual todas as más notícias já foram descontadas e na qual os investidores mais perspicazes começam a comprar.
  2. A segunda fase, na qual os analistas técnicos começam a entrar, é aquela na qual os preços começam a subir rapidamente e as notícias começam a ser favoráveis.
  3. A terceira e última fase é caracterizada por uma grande entrada do público (“leigos”) com os jornais começando a publicar cada vez mais notícias altistas, os indicadores econômicos melhores do que nunca, e o volume especulativo aumentando. É durante esta última fase que o investidor “profissional” começa a sair do mercado, vendendo em um momento que ninguém quer vender, após ter entrado no mercado quando ninguém queria comprar.

  • O volume tem que confirmar a tendência: Dow dava a esse aspecto (no mercado acionário), uma importância secundária, mas o fato é que numa tendência altista o volume deve subir quando das altas e diminuir nas correções de meio de percurso. Novas altas não confirmadas pelo volume indicam perda de força da tendência. Isto é geralmente verdade também na tendência de baixa, embora com menor força.
·         Assume-se que uma tendência prossegue até se ter indicação do contrário: Este é um princípio muito importante na análise técnica. Embora que devido a ele o analista técnico “desperdice” tanto o começo de uma tendência quanto uma parte significativa do seu fim, por sair geralmente “um pouco atrasado”, a verdade é que não existe fórmula ou método que permita a entrada exatamente no fundo e a saída exatamente no topo, ou vice-versa. As inúmeras tentativas feitas até hoje para a sua descoberta, além de infrutíferas, custaram aos seus autores fortunas consideráveis.

Tendência de Alta

É caracterizada graficamente por uma sucessão de topos e fundos ascendentes, sendo esta tendência perdida somente quando o fundo anterior é perdido.


Tendência de Baixa

É caracterizada graficamente por uma sucessão de topos e fundos descendentes, sendo esta perdida somente quando o topo anterior é rompido.


Sem tendência ou congestão

É caracterizada graficamente por uma sucessão de topos e fundos irregulares e sem obedecer nenhum tipo de seqüência. Essa situação possui alguns tipos de características particulares, como o fato de que quanto mais tempo durar este processo, mais ele se potencializa e se torna forte, ou seja, quanto mais vezes o ativo tocar a linha de uma das extremidades da congestão, mais forte esta linha ficará.

A representação das tendências também nos apresenta outra ferramenta auxiliadora: as linhas de tendência. Essas linhas são traçadas a partir dos fundos ascendentes, no caso de uma tendência de alta, ou a partir dos topos descendentes, no caso de uma tendência de baixa. Uma boa utilização de linhas de tendências é como ponto para estancar as realizações em pequenos movimentos contra a tendência. Ela pode se apresentar como um bom ponto de entrada, mediante algum sinal de esgotamento do pequeno movimento contra a tendência. No exemplo ao lado, temos um papel em clara tendência de alta, onde o teste da linha de tendência de alta caracteriza vários pontos de entrada mediante sinais de fundos confirmados. Essas operações apresentam também uma boa vantagem, já que seus stops costumam ser bastante curtos.


No próximo post, falarei um pouco sobre linhas de suporte e resistência.

Continuem acompanhando o blog !!!

domingo, 15 de junho de 2014

Análise gráfica

O que é análise gráfica

A análise gráfica é o estudo que visa monitorar o comportamento dos preços de mercado baseado em uma representação gráfica destes preços. Essa movimentação dos ativos, apresentada através de um gráfico, tem como objetivo verificar o comportamento da “Lei da oferta e da procura”, a partir de onde conseguimos rastrear a tendência de um ativo.

Além do próprio comportamento dos preços, ainda temos a ajuda de diversas ferramentas que nos ajudam a operar de acordo com a tendência do mercado ou fazer operações em mercados sem tendência, são os osciladores e rastreadores. Além disso, a análise gráfica nos auxilia em relação ao timing (momento ideal de entrada/saída) da operação. Essas ferramentas complementam os nossos estudos, ajudando a descobrir em quais ativos devemos nos posicionar e também o momento exato para a montagem de uma operação e a hora certa de desfazê-la.

Estilos de análise de mercado

O mercado é composto de diversos estilos de análises utilizadas pelos investidores. Os estilos mais comuns são: os fundamentalistas, os ”loucos” e os grafistas. Existem ainda aqueles conhecidos como “insiders”, cujo estilo não deve ser considerado uma opção, por utilizarem práticas ilegais, como será explicado abaixo.

Os fundamentalistas são os investidores que pesquisam por conta própria e levam em consideração dados macroeconômicos locais e internacionais que afetam o desempenho de setores da atividade e/ou das empresas. O objetivo é realizar projeções de resultados, estimar retornos para os próximos períodos, projetar crescimento futuro via fusões, aquisições ou crescimento orgânico e outros indicadores que sustentem suas opiniões, preços relativos e múltiplos de mercado. O objetivo é sempre projetar maior consistência no futuro e chegar a um preço alvo para as ações, buscando maximizar retornos das aplicações. Em função disso, é essencial a avaliação passada de demonstrativos, integração com dirigentes de empresas e projeção de cenários.

Os chamados “loucos” são aqueles que não baseiam seus investimentos em qualquer tipo de análise própria ou de terceiros, fazendo-os simplesmente por vontades ou inspirações, reportagens de televisão, conversa entre amigos ou qualquer outro tipo de informação que não deveria ser suficiente para fundamentar uma compra ou venda do ativo.

Os “insiders” são aqueles que, por algum motivo, possuem informações privilegiadas sobre determinado assunto e usam essas informações de maneira ilegal, para tirar vantagem e obter lucros para si ou para terceiros. Essas pessoas podem ser desde funcionários da própria empresa em questão até funcionários de fundos de investimento ou semelhantes que desenvolvem estudos específicos sobre algum setor ou empresa, ou ainda funcionários do governo. É importante ressaltar a ilegalidade desse tipo de operação com informações privilegiadas, sendo passível de punição pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e órgãos fiscalizadores do mercado financeiro.

Finalmente, os grafistas são aqueles que tentam rastrear a lei da oferta e da demanda dentro do mercado. Esse rastreamento é feito através de uma ponderação entre as diversas forças de cada escola que movimenta o mercado, decidindo, assim, o rumo que as ações tomarão. Em geral, a análise gráfica apresenta momentos determinados para operação em pontos específicos de entrada e saída de suas operações. Seu principal objetivo é seguir o mercado em geral, jamais lutando contra sua tendência ou tentando fazê-la mudar à força. A escola gráfica utiliza suas ferramentas para tentar identificar essas forças atuantes no mercado através de seus gráficos, buscando assim aproveitar as melhores oportunidades de força nos ativos.

No próximo post, irei falar um pouco sobre tendências e linhas de tendências. 

Continuem acompanhanho o blog !!!

terça-feira, 10 de junho de 2014

Porque investir em ações ?

Investir em ações é buscar potencializar os ganhos, auferir maiores lucros, capitalizar o capital que pode estar parado em conta corrente, poupança, títulos de capitalização, etc.

Mas o que é uma ação

As ações são papéis que representam uma pequena parte do capital social de uma empresa.

Ao comprar uma ação o investidor se torna sócio da empresa que emitiu essa ação, passando a correr os riscos dos negócios junto com a empresa e tendo participação nos lucros e prejuízos da mesma. Toda ação possui um código, ele é formada por quatro letras que representam o nome da empresa e um número que representa o tipo da ação.

As ações podem ser classificadas em dois tipos:
Ordinárias (ON): Quem possui ações desse tipo pode de votar em assembleias gerais da empresa, além de receber os lucros distribuídos pela empresa. As ações ON são representadas pelo número 3 depois do código da empresa. Exemplo: PETR3.
Preferenciais (PN): Quem possui essas ações não pode votar nas assembleias, mas recebe os lucros distribuídos primeiro (em uma porcentagem maior que as ordinárias), e caso a empresa decrete falência serão os primeiros a receberem compensações.

As negociações das ações ocorrem na Bolsa de Valores, se alguém quiser comprar ou vender uma ação, primeiramente essa pessoa deve se filiar a uma corretora. Estando filiada a pessoa poderá emitir ordens de compra ou venda para corretora, esta por sua vez irá executar estas ordens no pregão (local onde as negociações ocorrem). Entretanto essas ordens de compra ou venda tem um custo (corretagem), que variam conforme a corretora e o tamanho da operação. As corretoras também cobram um preço para guardar essas ações em segurança (taxa de custódia), os preços também variam conforme a corretora e o volume de ações.

As ações também são diferenciadas por níveis de liquidez (capacidade de trocar de dono com rapidez):
1ª Linha ou “Blue Chips”: São ações de muita liquidez, geralmente são empresas tradicionais, de grande porte e excelente reputação.
2ª Linha ou “Small Caps”: São ações de boa liquidez, em geral de empresas de grande e médio porte, com tradição ou não.
3ª Linha: Ações com pouca liquidez, de empresas de pequeno e médio porte, mas não necessariamente de menor qualidade ou maior risco.

Porque investir ?

Investir o capital é poder se preparar para uma aposentadoria, um projeto futuro. 

Historicamente, investir em ações no Brasil apresenta retornos superiores às aplicações em renda fixa, como as citadas acima. Porém não é apenas comprar determinada ação que significa sucesso, um lucro maior que a poupança por exemplo. É necessário uma análise, estudos para identificar os pontos de compra e venda de determinada ação.

No mercado financeiro, não existe "Eu acho que caiu muito e vou comprar" ou "Já caiu muito e acho que vou comprar". Essas frases são típicas de investidores que começam a investir e logo se deparam com uma "rasteira" do mercado. Deve ter uma análise. Não existe uma lógica exata, porém com estudos, podemos diminuir as chances de erro. Afinal de contas, até hoje,  não conheci ninguém estar disposto a entrar num negócio para perder o dinheiro que conseguiu com trabalho.

Quanto e qual capital devo investir ?

O capital a ser investido, deve ser aquele dinheiro que você não está contando. Um dinheiro que você não está preocupado se terá de usa-lo para pagar as contas no final do mês.
Atualmente, corretoras abrem contas com R$ 200,00. Com pouco capital, pode-se investir em ações de menor valor no mercado, as chamadas SMALL CAPS, ou comprar lotes fracionários. Em geral, os lotes padrão são de 100 papéis. 
Na minha opinião, deve-se começar com pouco para poder se acostumar com o mercado. Fazer as análises, e se posicionar. Ter um plano bem definido e segui-lo.